quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Quase

     Chegando a casa, abracei Caio e lhe disse que senti saudade. Em seguida, perguntei:
     - Tudo bem com você, filho?    
     Olha só o jeito fácil com que ele esclarece as situações:
    - Mamãe, minha garganta está quase doendo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Criatividade

     
     Antonio hoje me deixou perceber de onde é que Caio tira tantas... Ele também é muito criativo! Querem ver?
     Caio, brincando, caiu e ralou o joelhinho, lá na casa da vovó. Voltaram para casa, Caio tomou um banho e Antonio foi cuidar do dodói com Merthiolate spray. Claaaaro que Caio começou a criar caso:
     - Não quero remédio, vai doer!
     - Isso não é remédio, Caio! É desodorante de machucadinhos!
     E não é que funcionou? Caio se deixou medicar tranquilamente.

Remédio de barata

   
     Caio achou um torrone de amendoim dentro do armário da cozinha, um balcão de ferro que funciona como despensa. Nunca tinha visto aquilo, pegou e foi logo perguntando o que era.
     Antonio, sabendo que o torrone era meu (uma das minhas guloseimas preferidas), para que Caio desistisse rapidamente do doce, respondeu (sem me consultar):
     - É remédio de barata! Não mexe!
     Quase engasguei, pois na hora não achei boa ideia falar aquilo, Caio poderia associar remédio a doces e isso poderia não dar certo no futuro. Mas antes que eu pudesse reclamar com o pai, Caio nos brindou com a pergunta:
     - Vocês querem curar a barata? Ele tá dodói?
     Rimos muito da inocência do Caio...

Escurecendo

     Caio pediu para ir à pracinha. Muito sol ainda, um calorão e quase hora da novela:
     - Caio, depois da novela eu te levo.
     Mais tarde, olhando pela janela, Caio argumenta:
    - Mamãe, vamos logo pra pracinha! Já vai ficar escurando!

     (a palavra escuro anda muito complicada para o Caio!)

Derivação

     Durante o período de aquisição e apropriação da linguagem, toda criança passa por fases deliciosas, em que o jeitinho com que falam é muito bonitinho: eu sabo (por eu sei), eu fazi (por eu fiz) etc... Mas não são só os verbos, em especial os irregulares, que trazem essas ocorrências fantásticas. As crianças demoram também na construção de palavras compostas e mais ainda nas derivadas. Com o Caio não é diferente:
     - Mãe, tá escuro aqui... se eu fechar a porta, você vai enxergar? - havia faltado energia naquele momento.
     - Não, Caio, não feche a porta.
     Mas Caio nunca faz o que lhe pedem... ele sofre de uma espécie de surdez conveniente... E fechou a porta. Depois a abriu só um pouquinho, o suficiente para dar uma espiadinha e dizer:
     - Está escurecente!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Margarida

- Mamãe! Eu sou uma margarida!



Larga do meu pé!

     Já postei aqui no blog sobre a mania do Caio de abraçar, beijar, cheirar, lamber e até morder pés alheios, conversar com pés, fazer carinho neles, dar nomes ou apelidar, como se os pés fossem independentes de seus donos ou se tivessem vida própria. 
     É no mínimo engraçado, mas é estranho, e chato também, pois ele exagera e pega no pé, conotativa e denotativamente!. Se alguém está dormindo, é logo acordado com o Caio atracado nos pés. 
     Às vezes Caio exagera tanto que acabamos ficando irritados com essa mania, até porque os pés não são exatamente a parte do corpo mais limpa, e não queremos o contato, mas se damos mole, ele até abocanha e esfrega seu rosto nos pés. E não adiantam meias, cobertas...
     Engraçado que ele não liga para os seus próprios pés...
     Hoje ri muito! Caio pegou meu pé, mostrou determinada parte (apontando o meu  calcanhar) e afirmou categoricamente:
     - Essa é... a bunda do pepé!
     - Mas por que, Caio?
     - Vê esse sujinho? É a bunda! - referindo-se à pele mais áspera da sola do pé.



domingo, 15 de janeiro de 2012

Tigo

     Estávamos jogando quando a dinda Tati falou um pouco mais alto. Veio o Caio:
     - Você está brigando?
     - Estou.
     - Com quem?
     Pra ver a reação dele, Tati respondeu:
     - Contigo.
     - E quem é Tigo?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

escada... o quê?

     Caio no shopping hoje se esbaldou no espaço infantil e depois na piscina de bolinhas do Magic Games. Até arrumou uma namoradinha, ficou de mãos dadas, uma gracinha! Antonio fica todo bobo, rindo, diz que o filho será "pegador"...
     Depois, indo lanchar, descendo a escada rolante:
     - Mãe, o que é essa escada?
     - É a escada rolante. (Dar respostas curtas já é tática, pois sei que ele fica estimulado a perguntar mais).
     - Mas... por que elas (as pessoas) vão nela (a escada)?
     - Porque elas estão cansadas para descer os degraus.
     - Mãe! É uma escada descente!

Gaveta serve pra quê?


   

Caio deitou-se na gaveta vazia que estava em cima da minha cama para que eu reorganizasse as roupas nela. Brinquei:
     - Caio, você por acaso é cueca?
     - Não!
     - Você é blusa?
     - Não!
     - Você é calça, short?
     - Não!
     - Então o que você está fazendo aí deitado dentro da gaveta?
     E ele, com cara de gaiato:
     - Relaxando!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mit

     Quando a máquina de lavar está centrifugando, Caio diz que está fazendo "mit", sabe-se lá o porquê...
     (Ele morre de medo quando a máquina está fazendo mit e não chega perto...)


     E quando vaza espuma da máquina (sempre erro na quantidade de sabó rsrs), ele diz que ela... baba!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Boneco feliz

     Há 1 ano, nas férias/2011, Caio não levou brinquedos com os quais pudesse brincar no campping onde ficamos, em Cabo Frio. Então, como sempre, usou a imaginação. Durante um certo tempo víamos Caio catando pedras, paus, folhas, e até descolando do rodapé da varanda de um dos chalés desativados pedaços de cerâmica. Ralhei com ele, mas depois percebemos o que ele estava construindo: o boneco feliz. Tivemos que passar o restante da estada com muito cuidado para não chutar ou pisar naquele novo amiguinho...



No supermercado

     Caio no supermercado, fazendo mil perguntas, apontando, gesticulando e tagarelando (correndo não: colocamos o pirralho dentro do carrinho...), como de costume. Estava mais comunicativo ainda que o normal, abordando as pessoas e iniciando diálogos só decifráveis por pequenos como ele. Algumas pessoas, com menos pressa ou deliciosamente surpreendidos pela sua  vivacidade, lhe davam "trela" e pacientemente respondiam ao turbilhão de perguntas. A funcionária do caixa foi uma delas. Ele começou assim:
     - Você é linda! (ele anda com mania de "lindo/a").
     A funcionária se derreteu toda. Em seguida Caio começou a perguntar pela lixeira (uma outra mania, só que mais antiga) e a tentar visualizá-la, debruçando-se na esteira. A moça continuou dando-lhe atenção, respondendo e mostrando a lixeira. As compras foram passando e, quase no fim do processo, pagamento já sendo efetuado, é que Caio me sai com esta:
     - Você fez coisa errada?
     - Não - ela respondeu, divertindo-se com a pergunta inusitada. 
     - Você ficou de castigo?
     - Não... - continuou respondendo, rindo, a moça, ainda muito solícita.
     - Mas a sua mãe brigou com você?
     - Não...
     - Então por que ela te colocou aí?

     (Minha cara... caiu no chão! Todos os outros clientes, que naturalmente estavam prestando a maior atenção, riram, pois ficou parecendo que ele estava se referindo ao fato de a moça ser caixa de supermercado ou de trabalhar no Extra!)

     Acho que Caio estava se referindo ao espaço reduzido onde as funcionárias ficam nos caixas dos supermercados, como se fosse lugar de castigo, como, por exemplo, a "cadeirinha do pensamento" usada por algumas escolas ou famílias.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Papai (mesmo) Noel

Olha a carinha dele! Emocionado!

Claaaro que também aproveitei e lasquei um beijão no Noel...



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Curtinhas

     
     Durante o período de festas, meu cunhado Marco repetidas vezes dizia para o Caio:
     - Eu sou teu fã!
     Em determinado momento, Caio perguntou:
     - Você é meu "teu fã"?

                    *               *               *

Tepistal

     Caio, conversando com Josi (conversando não: tagarelando), em determinado momento disse a palavra "tepistal". Josi não entendeu e veio me perguntar o que era. Eu não soube dizer.
     E Caio usando a palavra em vários momentos. Resolvemos perguntar-lhe:
     - Caio, o que é "tepistal"?
     - É quando a menina fica de castigo.
     Continuamos na mesma. Mais tarde, o pai do Caio solucionou o mistério: no filme Gnomeu e Julieta, a personagem, que é um gnomo de jardim, é posta de castigo por seu pai, que manda colarem seus pés para que ela não possa fugir do pedestal...

Triângulo amoroso

     Durante esses dias de festas de fim de ano, Caio se apaixonou por uma menina: Josi. O problema é que ela tem 14 anos e já tem namorado, o Felipe, primo do Caio.
     Na viagem de ida, Caio tagarelou o tempo todo e Josi, desavisada, ia dando a maior atenção. Quanto mais respondia, mais Caio perguntava, e falava sem parar, da Ilha até Araruama. Sem parar. Acho que foi aí que tudo começou...
     Caio "colou" nela, quer dizer, neles, "empatando" o tempo todo. A seguia por todos os lados, tagarelando, claro. Parecia ter engolido um papagaio de pirata. Josi brincou com ele, deu banho, pegou no colo, ajudou a guardar os brinquedos, colocou-o para dormir (estou até pensando em contratá-la como babá!). E o Felipe, coitado... ficou em segundo plano.
      Ao acordar no dia seguinte, uma das primeiras coisas que disse foi que ela era linda. Elogio repetido mais algumas vezes ( muito galante esse meu filho, heim...).
      Claro que com o passar dos dias, Josi teve de dar mais atenção ao namorado, e os galanteios do Caio não mais garantiram a atenção total da jovem. Além disso, outras atividades o desviaram um pouco do foco, dando uma folga para o casal. Mesmo assim, Caio perturbou bastante. 
     Chegando ao Rio, hoje à tarde, o avô perguntou:
     - Caio, você gostou do passeio, você se divertiu? Com quem brincou? - aproveitando a dica de perguntas dada por mim.
    - Com a minha amiga, que é minha namorada - referindo-se a Josi.



Paquera real

     Caio no parque do condomínio onde fomos passar a virada do ano, em Araruama, brincando pra valer, correndo e fazendo vários amigos, melhor dizendo, amigas... Dessa idade e já gosta da companhia feminina...
     Diante do castelinho, ao ver uma menina subindo a rampa, ele cumprimenta:
     - Oi, minha majestade!
     Não consegui fotografar o momento exato, mas o castelinho é esse aí...