Pela postagem imediatamente anterior a esta puderam perceber que Caio, finalmente, ganhou uma companheira: a Leia.
É uma cadelinha de já 3 ou 4 anos, vira-latinha linda, toda pretinha, com um pelo lindo, curto e brilhoso, tal qual a graúna do sertão. Sua pelagem intima revela um peitinho branco e uma imitação de barba branquinha que lhe confere um ar de senhorinha...
Leia veio de um namoro virtual com suas fotos em postagens de adoção: ela estava abandonada e precisava de um lar...
Caio vivia pedindo um cãozinho. Diante do insucesso, tentou gato. Nada. o argumento contra era sempre o mesmo: não tem espaço no apartamento, não teremos tempo de cuidar, não poderemos mais viajar tanto etc etc
Quando Caio apelou para um peixinho, vi o tanto de crueldade que estava eu fazendo com meu filho, negando-lhe uma presença que certamente o faria uma melhor pessoa futuramente e um melhor menino no presente.
Crueldade que pratiquei com meus filhos Lucas e Pedro, hoje dois rapazes de 17 e 21 anos de idade, sempre com argumentos parecidos, acrescidos da ilusão de que um dia nós moraríamos numa casa com quintal, cachorro e varal ao sol. Pedro superapoiou a ideia, ficando feliz de verdade com a chegada de mais um membro da família.
E ela chegou, toda comedida, não latia nunca! Medrosa, cautelosa até nos movimentos. É uma cadelinha de rua, deve ter sido maltratada. Mas sempre que vê oportunidade, foge, nos deixando exasperados. Essa é uma história à parte.
Leia é uma presença constante, uma alegria traduzida em rabos abanando e lambidinhas de gratidão.
Caio e Leia formam um par inseparável. Ele a leva para passear, e depois vem me chamar para recolher os cocôs que porventura tenham sido depositados no passeio público. E conta seus xixis, para fazer o relatório no regresso:
- Mamãe, Leia fez sete xixis e zero cocôs!
Tantos xixis para demarcar bem seu território. Sempre pensei que isto fosse coisa só de machos, mas quando vi Leia levantar a perninha para molhar postes, árvores, paredes... eita... pensei: vai ver é mesmo coisa de macho!!!
Toma banho toda semana e tem sua manta lavadinha também com essa frequência, pois não tenho nenhum espaço aberto, a casa precisa manter-se sem odores indesejados.
Leia virou mesmo uma cadelinha de apartamento. Gosta de conforto, a safadinha. Ganha esta denominação porque, na nossa presença, fica na sua manta ou escolhe cantos mais frescos pelo piso frio; mas quando a casa silencia, seja pela ausência de seus membros estudando ou trabalhando, seja pelo período de sono dos justos, Leia se esbalda! Afofa uma parte do sofá tal qual felino e se deita, dona do pedaço. Mas, se escuta a porta abrir ou qualquer barulhinho, a esperta já desce rapidamente e faz a maior cara de Gato de Botas do Shreck, segundo Antonio, o pai.
Enfim, estamos todos apaixonados por ela. É a minha sombra, está sempre deitada na porta do cômodo onde estou, seja quarto, cozinha ou até mesmo banheiro. Nunca mais senti-me sozinha. Imagino que Caio também não...
Tanto ainda a falar dela.. mas passo a tarefa para as imagens...
Quando fui, sozinha, conhecer Leia...
Vivem assim... enovelados...
Uma das fotos mais bonitas
Me observando na porta da cozinha
enquanto lavo a louça ou preparo o lanche
Baixinha...
2 comentários:
Cachorro é o unico amigo do homem. Esta sempre presente em sua vida, até nos momentos mais triste lá estão eles sempre prontos para te oferecer um carinho sem nada em troca. A parte ruim é que não duram a vida toda e o dia que se vão é uma dor eterna.
Que coisa mais linda de se ver...Ter um bichinho é tudo de bom,além do companheirismo!!
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